_ lisístrata.
lisístrata. traz à cena a história de uma mulher que resolve acabar com a guerra na Grécia através de uma estratégia ousada: a greve de sexo.
Esse é o primeiro espetáculo do jovem grupo carioca PontoColetivo. Ele surgiu a partir de uma necessidade coletiva de pensar e redescobrir as funções –sociais e cênicas – do corpo.
O projeto nasceu calcado num prazeroso encontro entre todos os integrantes. Diz-se prazeroso porque a diretora optou por envolver elementos hedônicos em seus ensaios, ou seja, durante os encontros todos comiam, bebiam, riam durante as criações. Este era o clima recorrente no processo. Desse corpo-ensaio nasceu uma estrutura contemporânea que sedia o texto grego de Aristófanes, porém com as implicações de nossos tempos.
A peça se apresenta como uma discussão cênica-dramatúrgica acerca do lugar do feminismo. Mais que isso, se apresenta como um espetáculo que discute o corpo, o corpo como massa, como território e, sobretudo, como ferramenta. O corpo em nossa sociedade e o poder nele velado.
A encenação estreou em julho deste ano, integrando a programação da Mostra Mais 2012 da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em agosto integrou a [mostra hífen de pesquisa-cena].
sinopse.
Lisístrata é uma comédia que questiona a guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta, e a posição da mulher na sociedade. Nessa peça, Lisístrata, guiada por seu posicionamento político oposto à guerra, decide que a ferramenta mais eficaz de luta seria uma greve de sexo por parte das mulheres. Sua decisão é calcada no conhecimento da dependência que os homens têm do sexo. Como forma de convencimento ela usa o argumento de que a guerra afasta os homens de suas famílias, atingindo a carência de suas companheiras e obtendo, assim, a adesão das mesmas. As mulheres relutam, mas aceitam a condição de ficar sem sexo para ter de volta ao lar, em paz, seus maridos. Além de trancar o tesouro matrimonial, as mulheres de Atenas invadem o cofre da cidade, trancando também o dinheiro que financia a guerra.
Escolhemos trabalhar a comédia grega Lisístrata, de Aristófanes, e a partir dela pesquisar o feminismo, o machismo, homossexualidade e, em processo, descobrir a relevância desses temas nos dias de hoje. O que levamos para cena é uma releitura do texto feita, não a partir de uma adaptação do mesmo, mas da ressignificação.
Um espetáculo que discute o lugar do feminismo. Mais do que isso, um espetáculo que discute o corpo. Corpo como massa, como território, como ferramenta. O corpo na sociedade. A marcha das vadias. O sexo. A política e o prazer. O corpo como símbolo de liberdade. Finalmente, o corpo como forma de ocupação, como dispositivo de criação.
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